
Eu simplesmente gostava dele. Eu realmente gostava muito dele.
Como jornalista, nunca tive a oportunidade de entrevistá-lo, mas pude conheçê-lo, há muito tempo, no programa da Hebe Camargo.
Clodovil colocava paixão em tudo o que fazia e esta paixão era identificada nos minímos detalhes: a maneira meticulosa com que montava um arranjo floral, o carinho que demonstrava ao preparar uma receita culinária, o amor que dedicava a sua casa e até mesmo na forma de se expressar. .
Uma pessoa de senso crítico extremamente aguçado, sempre pagou por falar suas verdades.
Como ser humano, se deu o direito de ter da vida o melhor, tudo conquistado com o dinheiro vindo do seu talento. E teve talento para fazer tudo o que se propôs.
Amou uma única mulher, sua mãe, Izabel Hernandes, cuja morte, Clodovil nunca superou, mas foi para as mulheres e o universo feminino que dedicou sua carreira.
Clodovil era uma dessas pessoas que ou se ama ou se detesta. Eu escolhi amá-lo, pois sempre entendi que por trás do seu estilo polêmico e irônico, tinha um ser humano solitário, carente e que só queria ser feliz.